Nasci em Recife no dia de Todos os Santos e me criei em Salvador, na cidade de Todos os Santos. Sou atriz-pesquisadora, palhaça e escolhi a arte como caminho de vida. Em dezembro de 2007 resolvo sair da Bahia e ir em busca de um grande sonho. Mudo-me para Olinda (PE), volto para minha origem, meu berço e me reconheço finalmente. Em 2011 retorno para Bahia, agora para o Vale do Capão. E me deparo com um lindo caminho... Aqui apresento um pouco de tudo do que vim buscar e do que acredito.





Sejam bem vindos!

CONTATO:

(81) 9600-5165

vivianemaior@ig.com.br

frevoproducao@yahoo.com.br



quarta-feira, 31 de março de 2010

ANTROPOLOGIA TEATRAL.

O teatro Antropológico é a base do meu fazer teatral. Para entender quais os princípios e pensamentos que utilizo para desenvolver a pesquisa, estou postando um resumo que explica um pouco sobre esse pensamento.

TEATRO ANTROPOLÓGICO.

Encontrar uma anatomia especial para o ator, ou seja, o seu "corpo extra-cotidiano". É através da antropologia teatral - "o estudo do comportamento cênico pré-expressivo que se encontra na base dos diferentes gêneros, estilos e papéis e das tradições pessoais e coletivas", que Eugênio Barba (criador do teatro antropológico) vai encontrar esse "novo corpo", onde a presença física e mental do ator-dançarino modela-se segundo princípios diferentes dos da vida cotidiana. O corpo todo pensa/age com uma outra qualidade de energia e ter energia significa saber modelá-la.

Barba vai encontrar princípios comuns, recorrentes, que norteiam o estado pré-expressivo do ator e que se encontram por trás da representação em diferentes lugares e épocas,como:

Equilíbrio - um equilíbrio extra-cotidiano e que ele chama de "equilíbrio de luxo", equilíbrio precário ou equilíbrio permanentemente instável, que vai gerar uma série de tensões no corpo e vai exigir um esforço físico maior, dando vida e dinamicidade à ação.

Dilatação - Eugênio Barba diz que um corpo - em - vida é mais que um corpo que vive. "Um corpo - em- vida dilata a presença do ator e a percepção do espectador (...) o corpo dilatado é acima de tudo um corpo incandescente, no sentido científico do termo: as partículas que compõem o comportamento cotidiano foram excitadas e produzem mais energia, sofreram um incremento de movimento, separam-se mais, atraem-se com mais força, num espaço mais amplo ou reduzido".

Energia - Barba define como "a potência nervosa e muscular do ator". Estudar a energia do ator, segundo ele, significa examinar os princípios pelos quais o ator pode modelar e educar sua potência muscular e nervosa, de acordo com situações não-cotidianas.

Oposição - onde cada ação é iniciada na direção oposta à qual se dirige.

Pré-Expressividade - não aparece em cena, mas é o trabalho mais criativo do ator, a base sólida da construção, que não se vê, mas está presente. As técnicas extra-cotidianas que caracterizam a vida do ator ainda antes que esta vida comece a querer representar algo. "A pré-expressividade utiliza princípios para aquisição de presença e vida do ator (...), como se, nesta fase o objetivo principal fosse a energia, a presença, o bios de suas ações e não seu significado".

Partitura - seqüência de ações físicas e vocais marcadas e fixadas pela memória do corpo - mente do ator a tal ponto que pode ser repetida espontaneamente pelo mesmo.
Esses princípios recorrentes em várias culturas pesquisadas por Eugênio Barba vêm sublinhar a unicidade de cada ator, de cada grupo, "de cada horizonte histórico cultural - a descoberta dos princípios comuns da presença cênica para aplicá-los à sua própria exploração (...) a identificação com uma história teatral, transcultural, construída por mestres ou criadores de outras culturas.

*Referência:
http://www.caleidoscopio.art.br/cultural/artescenicas/teacontemp/eugeniobarba06b.html

2 comentários:

  1. Tà danada pesquisando, é isso aí. Beijos minha filhinha, saudades, se cuida muito e te espero no festival.

    ResponderExcluir