Nasci em Recife no dia de Todos os Santos e me criei em Salvador, na cidade de Todos os Santos. Sou atriz-pesquisadora, palhaça e escolhi a arte como caminho de vida. Em dezembro de 2007 resolvo sair da Bahia e ir em busca de um grande sonho. Mudo-me para Olinda (PE), volto para minha origem, meu berço e me reconheço finalmente. Em 2011 retorno para Bahia, agora para o Vale do Capão. E me deparo com um lindo caminho... Aqui apresento um pouco de tudo do que vim buscar e do que acredito.





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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

19/02/2009

Rua da Imperatriz. Noite. Guerreiros do Passo... Guarda-chuvas. Chapéu. Cerveja. Paletó. Carnavais antigos... Uma boa orquestra. É o “Escuta Levino” que se concentra. Não participei dos carnavais de antigamente, onde as troças passavam pelas ruas do Recife, pela Imperatriz, São José, Recife Antigo, mas é como se uma grande sensação de nostalgia e lembranças me tomassem, como se revivesse (mesmo sem ter vivido) esses antigos carnavais. Muita emoção, muito frevo, muito sangue quente e o passo no pé! Mais uma vez tive a imensa alegria de dançar na rua, como tem que ser, como era. Começamos no início da Imperatriz, primeiro os Guerreiros saíram na frente da troça e logo depois saíram atrás da orquestra. Pouca gente na rua, muito espaço pra dançar e se jogar. Dancei muito, eles são muito receptivos, atenciosos, sempre dispostos a ensinar, lhe puxar pra brincadeira. Arrisquei uns passos, mandei a timidez para o espaço e me entreguei ao FREVO! Sombrinha na mão, sapatilha no pé, corpo quente e parece que a alegria lhe invade por completo... Me sinto plenamente feliz quando danço frevo. Hoje fui para brincar, deixar a pesquisadora de lado e me tornar uma foliã. Fomos do início da Imperatriz até o Marco Zero fazendo o percurso de antigamente, na ponte da Imperatriz cruzamos com algumas freviocas e trios elétricos, oooouuuutra energia, oooouuuutra proposta, o frevo (principalmente o passo) mais estilizado... A orquestra do “Escuta Levino” continuou a tocar depois que passou da ponte e dos trios. Me disseram um fato curioso... É que as orquestras páram de tocar quando passam por cima das pontes, para não correr o risco de acontecer algum acidente devido ao som das orquestras e a dança da multidão, pois já são muito antigas... Esse fato eu desconhecia. Será mesmo que há esse risco ou era uma puia (como dizem por aqui)? Bem, melhor não arriscar! Vamo que vamo! Seguimos até o Antigo e quando chegamos à Praça do Arsenal havia uma multidão, dois blocos que vinham ao encontro do nosso! Ainda tentamos seguir tocando, mas ficou impossível de continuar. Paramos, retomamos perto da Torre Malacoff seguimos até o Marco Zero e lá, aos poucos, a troça se desfez. Posso dizer que me senti em outra época, sentindo, vivenciando e aproveitando cada momento daquilo que vim buscar, daquilo que me faz me sentir viva.

Viviane Souto Maior (19/02/2009)

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